LEI QUE PROÍBE COMÉRCIO DE MARFIM NA CHINA ENTRA EM VIGOR
País, que até então era o carro chefe no mercado de presas de elefantes advindas do contrabando, põe em ação uma lei esperançosa para esses animais.
Desde 31 de dezembro do ano passado, a china proibiu totalmente o comércio de marfim, antes legal e governamental no país. A lei também foi aplicada nos Estados Unidos, proibindo o comércio, independente da origem do material, passando a ser, de forma efetiva, material ilegal. O marfim sempre foi muito cobiçado pelos chineses, por ser um objeto culturalmente símbolo de status social. Chegava a custar até 1.100 dólares o quilo do material. A forte demanda do país, influenciou o massacre de milhares de elefantes na África. A população desses animais em seu local de origem, teve uma diminuição muito significativa, chegando a ser 110.000 exemplares mortos em cerca de 10 anos, segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).

A proibição já causou uma queda de 80% de peças de marfins confiscadas que entravam no país. Além disso houve também a queda no preço do marfim bruto, chegando a 65%, informa a agência oficial chinesa Xinhua. Tudo isso está fazendo com que o mercado venha a diminuir cada vez mais.
"A compra e venda de marfim e de produtos derivados por parte de mercados, lojas e comerciantes é ilegal. De agora em diante, se um comerciante lhe disser que é um ‘vendedor de marfim autorizado pelo Estado', estará lhe enganando e violando intencionalmente a lei", afirmou o Ministério de Florestas da China.
“A proibição do governo chinês em relação ao comércio doméstico de marfim envia uma mensagem ao público em geral na China de que a vida dos elefantes é mais importante do que a cultura do marfim”, disse Gao Yuan doutorando em Biologia de Conservação e Antropologia Cultural na Universidade de Yale e Explorador da Nacional Geographic Explorer.
