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FEBRE AMARELA X MACACOS

Doença infecciosa não contagiosa, possui dois ciclos a Febre Amarela Silvestre (FAS), que é transmitida pelos mosquitos de gêneros Haemagogus e Sabethes, onde seus hospedeiros são os primatas não humanos, e o homem considerado um hospedeiro acidental quando entra no ciclo enzoótico natural; a Febre Amarela Urbana (FAU), que tem o homem como único hospedeiro e sua transmissão introduzida pelo mosquito Aedes aegypti.

Ciclo Silvestre e Urbano da Febre Amarela (Créditos: Portalsaude)

No Brasil, a Febre Amarela Urbana foi erradicada, tendo o último caso oficialmente em 1942 (VASCONCELOS, 2003), entretanto, o ciclo da Febre Amarela Silvestre, tem ocorrido frequentemente entre os meses de dezembro a abril, tendo caráter sazonal (ROMANO et al., 2011; DE SOUZA FIALHO, Marcos et al., 2012), levando em conta fatores climático, ou seja, excesso de chuvas no verão (VASCONCELOS, 2010), e o hábito dos mosquitos transmissores, que por sua vez é diurno e sua reprodução feita em cavidade das árvores (DE SOUZA FIALHO et al., 2012).


Assim como a caça, queimadas, morte por choque elétricos em fios de alta voltagem, devastação das florestas e matas, e subsequente erosão do solo, a Febre Amarela Silvestre também foi citada como um dos fatores que atua na redução populacional de primatas não humanos (DE SOUZA FIALHO et al., 2012), visto que, os primatas não humanos são todos susceptíveis à Febre Amarela Silvestre (BRASIL, 2005), principalmente as espécies: Alouatta spp., Aotus spp., Saguinus spp. e Callithrix spp. por ser mais sensível ao arbovírus (FREITAS et al., 2011).


Segundo o Ministério da Saúde (2017), no Brasil, a Febre Amarela é de ocorrência endêmica, em regiões da Amazônia principalmente, com surtos de Febre Amarela Silvestre fora da região amazônica (OLIVEIRA, 2017). Um fator fundamental no controle de Febre Amarela Silvestre em humanos, além da vacinação, são os macacos, considerados pelo Ministério da Saúde, sentinelas, quando à circulação do arbovírus. Por tanto, ao observar primatas não humanos mortos, indica um eventual risco do surgimento da Febre Amarela Silvestre na população humana, permitindo a adoção de medidas profiláticas (COSTA et al., 2011).

REFERENCIA:

Brasil, Ministério da Saúde Manual de Vigilância de Epizootias em Primatas Não-Humanos. Ministério da Saúde, Brasília. 2005.


Brasil, Ministério da Saúde Manual de Vigilância de Epizootias em Primatas Não-Humanos. Ministério da Saúde, Brasília. 2017.


CORRÊA, Fabiana Müller. Uso do espaço e dieta do Bugio-Ruivo ALOUATTA GUARIBA CLAMITANS (PRIMATES: ATELIDAE) em uma área urbanizada no Bairro Lami, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. 2015.


COSTA, Zouraide Guerra Antunes et al. Evolução histórica da vigilância epidemiológica e do controle da febre amarela no Brasil. Revista Pan-Amazônica de Saúde, v. 2, n. 1, p. 11-26, 2011.


DE SOUZA FIALHO, Marcos et al. Avaliação do impacto da epizootia de Febre Amarela sobre as populações de primatas não humanos nas unidades de conservação do Rio Grande do Sul, Brasil. Biotemas, v. 25, n. 3, p. 217-225, 2012.


OLIVEIRA, Wender Antonio. Febre amarela no Brasil: um risco para a saúde pública. Revista de Saúde da Faciplac, v. 4, n. 1, 2017.


ROMANO, Alessandro Pecego Martins et al. Febre amarela no Brasil: recomendações para a vigilância, prevenção e controle. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 20, n. 1, p. 101-106, 2011.


VASCONCELOS, Pedro Fernando da Costa. Yellow fever. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 36, n. 2, p. 275-293, 2003.

VASCONCELOS, Pedro Fernando da Costa. Yellow fever in Brazil: thoughts and hypotheses on the emergence in previously free areas. Revista de saude publica, v. 44, n. 6, p. 1144-1149, 2010.

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